Arte como carinho
A artista Maria Lídia Magliani (Foto: Reprodução)
# Magliani, Maria Lidia Magliani, entre os companheiros inesquecíveis das redações de jornais em que trabalhei, foi das mais atraentes e inusitadas. Diagramava as minhas colunas nos tempos de Zero Hora. Eu esperava a ocasião de sentar junto para acompanhar seu trabalho e, naturalmente, meter o bedelho nas suas criações artísticas.
# Um momento de gratas recordações: Magli, como gostava de chamá-la, chegou à redação usando um blazer recoberto de figuras recortadas em tecidos variados, formando uma história em quadrinhos. Junto com boa parte dos colegas, fui conferir o incrível casaco, produto da sua criatividade e talento.
Uma obra criada atendendo um pedido meu (Foto: Arquivo pessoal)
# Gostava de seus desenhos e telas que fui colecionando. Dois têm significado especial. Uma colagem com olhos de cristal, obra que solicitei para guardar os dois complementos. Originalmente, faziam parte de um item elegante, um dos absurdos da vaidade feminina, que eram peles de raposas montadas com um fecho acoplado ao focinho e com olhos de cristal. Os adornos me fascinavam desde a infância e consegui juntar alguns graças à boa vontade de um especialista em peles. Sugeri, e minha querida pintora criou a colagem.
Um quadro com flores negras, outro carinho de Magli (Foto: Arquivo pessoal)
# Noutra ocasião, descobri que existem flores negras e levei um arbusto florido para minha casa. Naquele dia, Magliani esteve me visitando e mostrei as originais flores. Em seguida, recebi o desenho aquarelado com as flores que me encantavam.
Homenagem: em 2017, uma rua da capital recebeu o nome da artista plástica (Foto: Pedro Antônio Heinrich/Banco de imagens)
Maria da Graça Magliani, Monica Leal e Renato Rosa, entre outros participaram do merecido reconhecimento à Maria Lídia Magliani (Foto: Pedro Antônio Heinrich/Banco de imagens)