Bob Bahlis: arte como transformação

Bob Bahlis e a atriz Fera Carvalho Leite, em seu mais recente trabalho Velha D+. O espetáculo, montado numa sala especial, está sendo muito aplaudido e neste final de semana acontecem as últimas apresentações do ano. Retornam nos dias 28 e 29 de janeiro de 2022, participando do Porto Verão Alegre, no Instituto Ling (Foto: Divulgação)

# Bob Bahlis, Otávio Bahlis, data do nascimento: 5 de novembro de 1969. Reside em Porto Alegre. Drt nas funções de: diretor, ator e produtor cultural. Bob é dramaturgo, diretor de teatro e professor de teatro. Atualmente em cartaz com a peça Velha D+, que assina direção e autoria e o” Sarau Clarice Lispector, mãe da humanidade”.

# Bahlis começou no Teatro de rua, no grupo Pé de Palco (1987), sob a direção de Julio Conte. Depois, seguiu carreira como ator, atuando em diversos espetáculos. Em 1992, foi apresentador de um programa de auditório, o Bob Pop Show. Desde então, passou a ser chamado de Bob. Foi apresentador do programa Radar, da TVE.

# Bahlis também foi diretor de televisão na Band. Como radialista, tornou-se produtor de uma das rádios mais emblemáticas de Porto Alegre, a Ipanema FM.

#Em 2006, Bob Bahlis passou a se dedicar exclusivamente ao teatro na função de diretor. Antes da pandemia, estava em cartaz com quatro espetáculos: “De volta para a garagem”, peça sobre o Rock Gaúcho, livremente inspirada na obra de Caio Fernando Abreu – Pode ser só o leiteiro lá fora. A estreia foi em outubro de 2019 no teatro bar Opinião, onde a peça faz temporada.

"Um certo capitão Fernando", que vem atraindo centenas de pessoas ao teatro. A peça estava em cartaz no Teatro do Centro Histórico e Cultural da Santa Casa.

"Coração de Búfalo", musical com Carlinhos Carneiro, vocalista da Banda Bidê ou Balde. A peça estava em cartaz no Teatro de Arena, de Porto Alegre.

Tedy, o Amor não é para amadores/ Adulta / Direção e texto. A peça estava em temporada no Teatro do Sesc de Porto Alegre e Teatro do Sesc de Canoas.

Também dirigiu os espetáculos:

1. Homens/ Adulta/ Direção e Adaptação do roteiro homônimo de Doris Dorrie – “Homens”

2. Dez (quase)Amores/ Adulta/ Direção e adaptação do livro homônimo de Claudia Tajes

3. Pedro Malazarte e a Arara Vermelha/ Infantil/ Direção. Autor: Jorge Furtado

4. Filhote de Cruz Credo/ Infantil/ Direção e Adaptação do livro homônimo de Fabrício Carpinejar

5. Stand Up Drama/ Adulta/ Direção e Adaptação da obra Eu Pensei que meu pai fosse Deus, de Paul Auster.

6. Morgue/ Adulta/ Direção e dramaturgia

7. Clube dos Cinco/ Adulta/ Direção e Adaptação do filme homônimo de JonhHugues .

8. Piá Farroupilha/ Infantil /Direção e adaptação de Bob Bahlis, da obra de Carlos Urbim .

9. As Mulheres que amavam Gainsbourg/ Adulta /Direção Geral

10. Jogo de Escolhas/ Infantil/ Direção geral

11. João e Maria, uma aventura no terreno Baldio/ Infantil/ Direção e Dramaturgia

12. Perto do Fim – Sylvia Plath /Adulta/ Direção e Texto

13. Myrna como ela é /Adulta/ Direção Geral

14. Cronicamente Veríssimo/ Adulta/ Roteiro final e direção

15. Um certo capitão Fernando/ Adulta/ Roteiro e direção

16. Coração de Búfalo/ Musical / Adulta/ Roteiro e direção

Bob Bahlis (Foto: Divulgação)

Questionário de Marcel Proust

1. Qual o aspecto mais marcante de sua personalidade?

– Acredito ser a criatividade. As pessoas apontam, desde a minha infância, a criatividade como um traço da minha personalidade. Também sou extrovertido, com capacidade de me comunicar em qualquer ambiente.

2. Qual sua principal característica?

– A positividade e a calma. Tento ver a vida como um presente e desfrutar do momento. Procuro valorizar o lado positivo da realidade. A calma também é uma característica minha. Faz eu ter mais confiança e esperança, frente às adversidades de ser um artista no Brasil.

3. Qual seu passatempo favorito?

– Gosto muito de ler.

4. Se não fosse você, quem gostaria de ser?

– Um monge budista que vive num templo, no alto de uma montanha.

5. Onde gostaria de morar?

– Quando era jovem morei em New York. Gostaria de viver novamente lá, com a idade que tenho.

6. Qual sua cor favorita?

– Gosto muito do verde e suas variações.

7. Quem são seus escritores favoritos?

– Clarice Lispector é uma autora que venho lendo e estudando nos últimos cinco anos. Minha admiração pela autora é tanta, que durante a pandemia criei o “Sarau Clarice Lispector, mãe da humanidade”. Era online, uma vez por semana, durante o ano de 2021. No último dia, 8 de dezembro de 2021, fizemos a primeira edição presencial no Foyer Nobre do Theatro São Pedro. Participam comigo, Werner Schünemann, Karen Tadros e Manuela Falcão. Durante quase duas horas, lemos e interpretamos a obra de Clarice Lispector.

8. Quem são seus compositores favoritos?

– Gosto de Chico Buarque, Caetano Veloso, Tom Jobim, Elis Regina. Nei Lisboa. Sou fã também do rock feito no Rio Grande do Sul.

9. Quem são seus heróis na vida real?

– Acho incrível o trabalho do Padre Júlio Lancellotti. A história e vida do Chico Xavier, também me inspira.

10. Que talento você mais queria ter?

– Adoraria saber cantar.

11. Qual é seu estado de espírito atual?

– Estou bastante otimista. Depois de dois anos praticamente parado por causa da pandemia, volto a trabalhar com teatro e espero, logo mais, retomar a dar aulas de teatro, que amo de paixão.

12. Qual é seu lema?

– Calma. Amanhã é outro dia.

13. Na tua atividade, o que te proporciona maior motivação?

– Atualmente estou em Cartaz com a peça “Velha D+”, um projeto desenvolvido por mim e pela atriz Fera Carvalho Leite. Ver o público sair feliz e emocionado de uma apresentação teatral é minha maior motivação.

14. Qual seria a maior realização em seu trabalho?

– Nunca havia pensado nisso, mas como sou dramaturgo e já tenho umas 10 peças de teatro escritas, talvez ter minha obra publicada seja uma grande realização.

Bob Bahlis (Foto: Divulgação)