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Fidelidade como lema

Renato Rosa: trajetória constante nas artes (Foto: Pedro Antônio Heinrich/Banco de imagens)

# Renato Rosa nasceu no ano de 1946, em São Gabriel, RS. Foi aluno de desenho em curso ministrado pelo escultor Vasco Prado em 1965 no Atelier Livre e no mesmo período de sua juventude aulas de Cenografia com Nelson Boeira Fäedrich. Dirigiu espaços galerias como Cyclo, Galeria do IAB, Yázigi, Clube do Comércio e Agência de Arte. Através de exposições individuais, introduziu no RS as obras dos artistas Farnese de Andrade, Antonio Maia, Franz Weissmann, Pietrina Checcacci, Octávio Araújo, Zaragoza, Paulo Roberto Leal, Mirian, João Câmara e Alfredo Volpi, comemorando os 80 anos do mestre da pintura nacional. Em seu convívio com artistas plásticos recebeu orientações pictóricas de Henrique Fuhro, Magliani, Vagner Dotto e Carlos Wladmirsky. Em 2019, realizou imersão em pintura com Paulo Porcella. Criou e integrou o coletivo "Lado B" com o qual participou de diversas exibições. Realizou exposições individuais de fotografias, color-xerox e colagens em espaços como o Museu Municipal Joaquim Felizardo e em Colonia del Sacramento, além de recentes exibições virtuais em Portugal. É coautor do "Dicionário de Artes Plásticas no Rio Grande do Sul". Desde o ano 2000 e a convite do marchand Jones Bergamin, de quem é um dos assistentes, trabalha na Bolsa de Arte do Rio de Janeiro, cidade onde vive.

Questionário de Proust

1. Qual o aspecto mais marcante de sua personalidade?

– Em rápida autoanálise, direi ser a confiança que inspiro no meu pequeno círculo íntimo.

2. Qual sua principal característica?

– Pelo mesmo motivo anteriormente citado, creio ser a fidelidade. Aliás, desmedida.

3. Qual seu passatempo favorito?

– Ouvir música. Tanto a popular como jazz e bossa nova e alguns eruditos. No Rio, me ligo na Rádio MEC e esqueço da vida; aqui em Porto Alegre - desde a juventude!! - é Rádio da Universidade, sem parar.

4. Se não fosse você, quem gostaria de ser?

– Estou feliz comigo mesmo, mas se fosse para ser o presidente Barack Obama estaria de muito bom tamanho.

5. Onde gostaria de morar?

– Porto Alegre é a cidade do meu coração. Amo. O Rio, onde vivo desde o ano 2000, é um sonho imprevisto, mas me dividiria entre Amsterdan e Roma.

6. Qual sua cor favorita?

– Rosa, la vie en rose. Mas o vermelho e o azul são sedutores.

7. Quem são seus escritores favoritos?

– Francis Scott Fitzgerald, Graciliano Ramos, Sartre, Philip Roth, Rubem Braga e os dramaturgos Bertold Brecht e Nelson Rodrigues.

8. Quem são seus compositores favoritos?

– Tom Jobim é especial e seguem Cole Porter e Gershwin. Mas acima de todos Bach, Mozart e Villa Lobos.

9. Quem são seus heróis na vida real?

– Não tenho.

10. Que talento você mais queria ter?

– Gostaria de ter uma voz decente e educada para poder cantar as músicas que adoro dos anos 30, 40 e 50. Coisas tipo "Farolito".

11. Qual é seu estado de espírito atual?

– Apesar da pandemia que assola o mundo, me encontro no modo tranquilo.

12. Qual é seu lema?

– Prazer não tem preço.

13. Na sua atividade, o que te proporciona maior motivação?

– Como marchand, o contato - que era diário com os artistas - mostrava-se bem azeitado e bastante satisfatório. Não era fácil, artistas são inseguros, mas havia um grupelho de toupeiras arrogantes que se achavam... e aí o caldo engrossava pois atribuíam-se um papel, um valor não condizente. Como dizia o saudoso mestre Henrique Fuhro: "A importância da desimportância". Um fato.

14. Qual seria a maior realização em seu trabalho?

– Penso ser irrevelável e certamente estará em curso.

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Maria Lídia Magliani, a Magli, e Renato Rosa  (Foto: Arquivo pessoal)