Whatsapp

Notícias

Fundação Iberê: sábado com arte

No último sábado (dia 26), o fotógrafo Miguel Rio Branco e o artista Afonso Tostes inauguram suas respectivas mostras na Fundação Iberê (Foto: Nilton Santolin/Divulgação)

# Afonso Tostes ocupa o átrio da Fundação Iberê com grandes instalações, resgatando a trajetória dos materiais, especialmente a madeira. A respeito da sua mostra, “Afonso Tostes – Ajuntamentos”, comenta: “Me interessa a relação do homem com seu entorno, com a natureza. Não falo apenas da relação com o meio ambiente, mas também das relações pessoais, das nossas expressões visíveis e invisíveis”.

fic

Afonso Tostes, Emilio Kalil, comando da Fundação Iberê, e Miguel Rio Branco (Foto: Nilton Santolin/Divulgação)

# Um pouco de genealogia: os Tostes gaúchos descendem de um ancestral do clã mineiro, que seria clérigo e veio para os pampas deixando descendência. Repito uma das histórias divertidas a respeito dos Tostes, os nossos gaúchos e os mineiros, acontecida num encontro no Rio de Janeiro. Um personagem carioca, sabendo que o amigo gaúcho era Tostes, perguntou: “És dos Tostes ricos de Minas Gerais?” Nosso conterrâneo, sem vacilar, saiu-se assim, “Não, sou dos Tostes do Sul, inteligentes e bonitos...” Apreciações à parte: o talento é comum aos dois ramos do clã.

tostes

Alguns dos trabalhos de Afonso Tostes (Foto: Nilton Santolin/Divulgação)

tostes

Afonso Tostes (Foto: Nilton Santolin/Divulgação)

tostes

O átrio da Fundação Iberê recebeu a mostra “Afonso Tostes – Ajuntamentos” (Foto: Nilton Santolin/Divulgação)

rb

O terceiro andar recebeu a mostra fotográfica “Palavras cruzadas, sonhadas, rasgadas, roubadas, usadas, sangradas”, de Miguel Rio Branco (Foto: Nilton Santolin/Divulgação)

# Organizada pelo próprio artista e por Thyago Nogueira, coordenador da área de Fotografia Contemporânea do Instituto Moreira Salles (IMS) e editor da revista ZUM, a mostra foi vista no IMS São Paulo (2020) e IMS Rio de Janeiro (2022-23). Suas fotos revelam as vivências pelas cidades por onde andou, com as pessoas com quem cruzou e os ambientes que explorou, de uma maneira muito particular de escrever com imagens. “Vejo que a maior parte da população é marginal. Eu fui atraído por umas situações humanas que me chocavam e que, ao mesmo tempo, me atraíam porque havia uma força vital ali de resistência”, diz o artista.

rb

A exposição apresenta 127 registros de cidades onde o fotógrafo passou (Foto: Nilton Santolin/Divulgação)

rb

Miguel Rio Branco conferindo alguns de seus trabalhos (Foto: Nilton Santolin/Divulgação)

# Mais uma vez genealogia: filho de diplomatas, bisneto de Barão de Rio Branco e tataraneto de Visconde de Rio Branco por parte de pai, a genética bateu forte para o lado materno. Miguel Rio Branco é neto de J. Carlos (1884-1950), um dos maiores caricaturistas e cronistas de costumes do início do século 20 no Rio de Janeiro, a quem Miguel dedicou o catálogo desta exposição no Instituto Moreira Salles.

# A Fundação Iberê segue proporcionando exposições de importância e será possível conferir as duas mostras até 12 de novembro.

fic

A mostra é imperdível e deve ser conferida até o dia 12 de novembro (Foto: Nilton Santolin/Divulgação)