História do samba
Lupicínio Rodrigues: recordando sua trajetória marcante (Foto: Reprodução)
# A cantora Glau Barros, de carreira com realizações bem sucedidas vai interpretar sambas de Lupicínio Rodrigues comemorando os 107 anos de seu nascimento, no show de 16 de setembro no Café Fon Fon, de Bethy Krieger e Luizinho Santos.
Glau Barros vai interpretar os êxitos de Lupi (Foto: Luis Ferreirah/Divulgação)
# As escolhas para a apresentação incluem músicas como “Cadeira Vazia”, “Nervos de aço” e “Felicidade”, entre outras que se tornaram clássicos do MPB. O violinista Edu Moreira acompanha Glau neste show cuja transmissão será pelo Instagram e Facebook do Café Fon Fon, e pelo canal do YouTube da cantora.
# Lupi teve casas noturnas que tiveram o entusiasmo da boemia da capital, uma delas, na Rua João Alfredo, motivou o artista Edgar Koetz na realização de uma gravura registrando o interior do bar. Outra foi o “Clube dos Cozinheiros”, numa transversal da Avenida Independência. Lá presenciei uma das cenas hilárias da visita da cantora Aracy de Almeida à Porto Alegre.
# Trazida por Ruy Sommer, para uma semana de shows no Encouraçado Butikin, a cantora e musa de Noel Rosa, depois de mil obstáculos, chegou para as apresentações. Uma noite, depois de realizar seu show no Encouraçado, pediu para ir encontrar Lupicinio, seu amigo de longa data, no Clube dos Cozinheiros, dirigido pelo cantor Rubens Santos. Fomos até lá, e Lupi foi receber a amiga na porta e indicou uma mesa para ficarmos, prometendo vir em seguida para sentar conosco.
# Depois de passar meia hora, Araça, como chamávamos a cantora na intimidade, começou a ficar inquieta, sentindo-se preterida. De repente soltou a voz e gritou para o sambista “Lupi, venha sentar comigo, para recordarmos o tempo em que se comprava sambas na roda do mercado...” Lupi, sem perder o rebolado, mas um tanto temeroso por conhecer o temperamento da amiga, veio dar a atenção cobrada e deram boas risadas. A cantora, provocativamente, fazia menção ao costume safado de apropriação de letras de compositores menos conhecidos e assumir a autoria. Vale recordar: Aracy nunca mais voltou aos pampas, como afirmara ao embarcar no ônibus - recusava-se a entrar em avião, de retorno ao Rio de Janeiro.
Aracy de Almeida foi marcante na sua última visita aos pampas (Foto: Reprodução)