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Múltipla sensibilidade

Miles Davis: gênio inquieto que fascinava Luis Fernando Verissimo (Foto: Francis Wolff/Divulgação)

 

# Tive em comum com Luis Fernando Veríssimo, além da redação da ZH, o encantamento com Miles Davis e Elizeth Cardoso.


# Recentemente, relendo o livro Taberna da Gloria e outras glórias, de Hermínio Bello de Carvalho, encontrei um trecho em que o autor comenta: “Veríssimo escreveu uma belíssima crônica intitulada Revolucionários, centrada nas figuras de Miles Davis e Elizeth. Miles era um revolucionário, que transitava por todas as vertentes modernas do jazz, surfando no bee bop, inventando o cool jazz e trocando-o em seguida por outra invenção presumivelmente sua, o hard bop. Verissimo, enfim, encontra similaridade entre Elizeth Cardoso no quesito “Revolucionários”. Cita o célebre Canção do Amor Demais (1958), ela juntando Tom e Vinicius e fazendo-se acompanhar pelo violão de João Gilberto.”


# Antes de terminar a leitura do capítulo, corri ao telefone para conversar com Lúcia Verissimo a respeito desta crônica, que queria ler por inteiro, já que Hermínio citava trechos. Mandei imprimir o comentário de Hermínio para levar até Luis Fernando, pois os dois expoentes da música têm especial significado.


# Não consegui concluir, mas levarei para Lúcia e pretendo continuar a busca deste genial comentário de Luis Fernando que, além de escritor, criador de quadrinhos e muito mais, tinha sensibilidade única para a música.


Elizeth Cardoso, a Divina, era uma revolucionária na visão do escritor (Foto: Arquivo Instituto Moreira Salles)

Elizeth Cardoso, a Divina, era uma revolucionária na visão do escritor (Foto: Arquivo Instituto Moreira Salles)