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Musa de ébano

A fascinante Joséphine Baker (Foto: Reprodução)

# O apoio do presidente Emmanuel Macron à proposta da inclusão de Joséphine Baker no Panthéon de Paris, onde estão Voltaire e Victor Hugo, para mencionar alguns dos nomes da intelectualidade, entre outros personagens de grande expressão na história da França, foi saudado com ênfase pelos franceses. O encontro, no dia 21 de julho, foi no l’Élysée, sede do governo francês, onde uma comitiva de que fizeram parte o escritor Pascal Brukner, o cantor Laurent Voulzy e o filho de Joséphine, Brian Bouillon-Baker, entre outros, foi apresentar a proposta ao presidente Macron. Ecoa o comentário do governo francês a respeito da indicação: “Ela é a encarnação do espírito francês”. A solicitação teve a assinatura de 38 mil pessoas.

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Joséphine Baker vestindo seu traje com bananas (Foto: Reprodução)

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O Cassino da Urca recebeu Joséphine (Foto: Reprodução)

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Joséphine Baker (Foto: Reprodução)

# A artista franco–americana, nascida no Missouri- EUA, participou a da resistência francesa, foi militante anti-racismo, atuando junto à Licra-Liga Internacional contra o racismo e o antisemitismo, e deu um lar a várias crianças, criadas como seus filhos, no seu castelo. Estreando nos musicais de Paris, a jovem eternizou a canção “J’ai deux amours” apresentando-se com um traje sumário enfeitado com bananas.

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José Antônio Flores da Cunha, um dos expressivos nomes da política brasileira nos meados do século 20, foi governador do Rio Grande do Sul e fã de Joséphine Baker (Foto: Reprodução)

# Joséphine Baker veio ao Brasil várias vezes. Primeiramente, para apresentações no glorioso Cassino da Urca, Rio de Janeiro, onde um dos mais entusiásticos fãs foi o político gaúcho José Antônio Flores da Cunha, de ardorosa trajetória política e amorosa. Inclusive os dois teriam vivido um romance.

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Joséphine Baker (Foto: Reprodução)

# Ela esteve uma vez em Porto Alegre para uma única apresentação no Teatro Leopoldina, que a falta de divulgação e maior conhecimento do público não foi devidamente prestigiada. Ruy Sommer, então vivendo o ápice da sua casa noturna, o Encouraçado Butikin , foi ao teatro convidar Jojô para um jantar em sua homenagem na boate. Ela esteve lá e esticou em outro local icônico da noite porto-alegrense, o restaurante da Tia Dulce para um reencontro com o marido da proprietária, de quem tinha sido amiga quando ele morava em Paris. 

# Joséphine Baker está enterrada em Monaco, e vai restar lá, conforme seu filho Jean-Claude Bouillon-Baker. A exemplo de outras personalidades homenageadas, uma placa com seu nome será descerrada no dia 30 de novembro de 2021, assinalando sua presença no Panthéon. Inoubliable, la cher Jojô!

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Joséphine Baker em visita à Aliança Francesa de Porto Alegre, em 1971 (Foto: Reprodução)