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Élisabeth de Riquet de Caraman-Chimay, Condessa de Greffulhe (Foto: Reprodução)

# Élisabeth de Caraman-Chimay, Contesse de Greffulhe, a bela rainha da sociedade parisiense na belle époque, possuía inteligência e originalidade que garantiram um lugar ímpar na crônica da elegância e do bom gosto francês. Inspirou Marcel Proust na criação de Oriane de Guermantes, na obra Em Busca do Tempo Perdido, mas seu desempenho na vida mundana foi amplo e muito diferente do posicionamento feminino da sua classe social naquela época.

 

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O compositor Gabriel Fauré dedicou sua Pavane à Condessa de Greffulhe na apresentação (Foto: Divulgação)

# Tornou Wagner ainda mais conhecido, assim como Gabriel Fauré, que lhe dedicou sua Pavane, em 1890. Ajudou Diaghilev a montar os balés russos na França, intercedeu para que Marie Curie tivesse financiamento oficial para o Instituto do Radium e também colaborou com o físico Édouard Branly, introdutor da telegrafia sem fio. Feminista, foi igualmente determinada na defesa de Dreyfus, entre outros aspectos de sua atuação incansável.

# Seu salão parisiense reunia personagens da nobreza europeia e nomes de destaque nos mais diversos setores. A bailarina americana Isadora Duncan, que brilhou nos palcos de Paris, relata uma das festas em que foi recebida pela condessa de Greffulhe, embevecida com a sua personalidade e pela relação dos convidados.

 

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Seus trajes, retratando a moda elegante de diversas épocas foram apresentados na exposição La Mode retrouvée, realizada no Palais Galliera (Foto: Divulgação)

 

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De acordo com Marcel Proust: “Cada um de seus vestidos parecia... a projeção de um aspecto particular de sua alma" (Foto: Reprodução)

# Élisabeth preocupava-se com a passagem do tempo e comentou com uma amiga: “Vou saber que estou envelhecendo quando não me olharem mais com entusiasmo...” A outra respondeu: “Enquanto te vestires como habitualmente, sempre terás a admiração de todos.” Sua elegância de alma se refletia no trajar e, há pouco tempo, uma exposição de seus vestidos no Palais Galliera, com o título “La Mode Retrouvée – Les robes tresórs de La Comtesse Greffulhe” encantou Paris, levando muita gente ao Museu da Moda.

 

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Capa do exemplar “La contesse Greffulhe – L’ombre des guermantes” (Foto: Divulgação)

# Mereceu uma ampla biografia “La Contesse Greffulhe –L’ombre des Guermantes”, texto de Laure Hillerin, lançada pela Flamarion. Personalidade de múltiplos entusiasmos, dedicou-se à criação de cães da raça Borzoi, galgos russos. Mesmo com a imensa fortuna do marido, colocava anúncios para a venda de filhotes. Aproveitava suas ligações para divulgar sua criação, que definia como passatempo. Induziu o pintor Henri Bouvet a criar uma tela em que um grupo de mulheres elegantes, ela no centro com uma bengala, como podem ver na foto, acompanhada por um dos Borzois de sua criação, embarcam para um passeio pelo mar. Esta foi a incrível Condessa de Greffulhe, que morreu aos 92 anos em 1958.

 

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A condessa Greffulhe, junto com outras elegantes e acompanhada por um dos cães da raça Borzoi, foi retratada pelo pintor Henri Bouvet. A tela posteriormente foi vendida pelos especialistas Ader Picard Tajan, de Paris (Foto: Divulgação)