Reconquistando os direitos
No último sábado (dia 14), Xadalu inaugurou a mostra “Antes que se apague: territórios flutuantes” (Foto: Nilton Santolin/Divulgação)
# A exposição inédita de Xadalu Tupã Jekupé, “Antes que se apague: territórios flutuantes”, foi inaugurada sábado último (dia 14) na Fundação Iberê Camargo. Cauê Alves, curador-chefe do MAM São Paulo, é o responsável pela apresentação das obras que compõem a primeira individual do artista na instituição. Vale enfatizar que a mostra é também mais do que arte, pois aborda a questão do apagamento da cultura indígena na região Oeste do Rio Grande do Sul, onde diversas etnias foram dizimadas.
A exposição apresenta 19 obras que estão ocupando o segundo andar da Fundação Iberê (Foto: Nilton Santolin/Divulgação)
# “Antes que se apague: territórios flutuantes” apresenta 19 obras, que ocupam o segundo andar da Fundação. Quatorze delas foram produzidas para esta mostra. Além do tamanho, que vem justamente para impactar, elas são memórias da infância de Xadalu Tupã Jekupé, bem como de sua mãe, de sua avó e de sua bisavó, na antiga Terra Indígena Ararenguá, na beira do Rio Ibirapuitã, em Alegrete.
Emilio Kalil, superintendente da Fundação Iberê, Xadalu e Robson Outeiro (Foto: Dani Barcellos/especial)
# Como escreve Cauê para o catálogo da exposição: “Quando Xadalu demarca Porto Alegre, com seus adesivos, cartazes, pinturas ou bandeiras, como área indígena, está completamente correto do ponto de vista histórico. Todo o Brasil já foi território indígena. Mais do que a reinvindicação do direito ao território, trata-se de uma reocupação simbólica dele”. Continua: “O trabalho de Xadalu Tupã Jekupé contribui para que outro modo de vida ganhe visibilidade e possa se tornar possível. Numa época em que as mudanças climáticas afetam a todos, a promessa de uma nova relação com a terra, antes que ela se apague completamente, só se cumprirá quando os saberes dos povos originários forem respeitados”.
Cauê Alves, curador da mostra (Foto: Nilton Santolin/Divulgação)
# Adriana Boff, Isabel Locatelli, Luiz Carlos Felizardo, Paulo Abenzrragh, Renato Rosa e Paulo Corrêa, entre muitos outros, estiveram no vernissage que contou com grupo de índios apresentando seu colorido artesanato no hall da Fundação Iberê Camargo.
Xadalu falando um pouco sobre um dos seus trabalhos (Foto: Nilton Santolin/Divulgação)
Uma das instigantes peças do artista (Foto: Nilton Santolin/Divulgação)
Vista ampla da mostra (Foto: Nilton Santolin/Divulgação)
Xadalu e Cauê Alves com a produtora cultura Isabel Locatelli e o marido, o fotógrafo Luiz Carlos Felizardo (Foto: Nilton Santolin/Divulgação) (Foto: Dani Barcellos/especial)
Uma das colaboradoras da Fundação Iberê explicando mais sobre o trabalho para uma das crianças presentes (Foto: Nilton Santolin/Divulgação)
Paulo Corrêa, Xadalu e Paulo Abenzrragh (Foto: Dani Barcellos/especial)
Atraentes itens manufaturados da cultura indígena estavam no hall da Fundação Iberê Camargo (Foto: Nilton Santolin/Divulgação)
A Fundação Iberê exibiu o episódio de Xadalu feito para o documentário MISTURADOS (Foto: Nilton Santolin/Divulgação)