Semana de Arte Moderna: presença gaúcha
Mário de Andrade e Anita Malfatti, figuras marcantes do modernismo na literatura e na pintura paulista (Foto: Reprodução)
# Os preparativos para comemorar a Semana de Arte Moderna, que se realizou de 11 de fevereiro a 18 de fevereiro de 1922, seguem com novas propostas de eventos.
As capas do programa e do catálogo da Semana de Arte Moderna de 1922 foram feitas com artes de Di Cavalcanti (Foto: Reprodução)
# O Instituto Moreira Salles, a Pinacoteca do Estado de São Paulo e o MAC-USP anteciparam, organizando o ciclo de conversas 1922: Modernismos em Debate, encerrado em dezembro do ano passado.
“Homem de Sete Cores”, de Anita Malfatti (Foto: Reprodução)
# A crítica e historiadora da arte Paula Ramos, professora do Instituto de Artes da UFRGS, participou do evento apresentando os veios modernistas no Rio Grande do Sul nos anos 1920. Ela enfatizou o papel da antiga Livraria do Globo como articuladora dos literatos e artistas visuais, a exemplo de Augusto Meter, Theodomiro Tostes, Sotero Cosme, Francis Peluches, Fernando Corona, Nelson Boeira Faedrich e João Fahrion, esse último tema de suas pesquisas na Alemanha. Paula integra o grupo de sete curadores de várias partes do Brasil que inaugura, no próximo dia 9 de fevereiro, no SESC 24 de Maio, em São Paulo, a exposição "Raio que o parta - Ficções do moderno no Brasil". A mostra ficará em exibição até setembro e terá como eixo o Brasil e seus vários debates em torno da modernidade, apresentando obras de Norte a Sul do País.
O diplomata Raul Bopp (Foto: Reprodução)
# A respeito da participação de Raul Bopp no movimento modernista sediado em São Paulo, Antônio Hohlfeldt comenta: “Raul Bopp é um caso à parte do modernismo de 22. Gaúcho de Santa Maria, descendente de alemães, ele vai explorar um tema eminentemente então inédito e desafiante, que é a Amazônia, com "Cobra Norato". Villa Lobos exploraria musicalmente esta perspectiva, com seu "Uirapuru" e outras composições, o poeta João de Jesus Paes Loureiro e o romancista Vicente Cecim aprofundariam as suas perspectivas míticas, mas Bopp foi verdadeiramente precursor, levando a seus limites as experimentações estilísticas do jovem Oswald de Andrade e transformando a Amazônia num verdadeiro símbolo do Brasil”.
Capa do livro “Cobra Norato e outros poemas”, de Raul Bopp (Foto: Reprodução)
Retrato do escritor e embaixador Theodemiro Tostes feito por Sotero Cosme (Foto: Arquivo Pessoal)
A aquarela “Jazz Band”, também criação de Sotero Cosme (Foto: Arquivo Pessoal)
“Sapho”, de Victor Brecheret (Foto: Reprodução) (Foto: Reprodução)