Sintonia perfeita
A morada dos Issler nos altos do Morro Ricaldone: endereço elegante por muitas décadas (Foto: Arquivo Pessoal/Divulgação)
# A morada de Maria Célia Magalhães Issler e do deputado federal Victor Loureiro Issler, nos altos do Morro Ricaldone, em Porto Alegre, reuniu bom gosto e intensa atividade social e política durante largo período, a partir da década de 1940. Maria Célia liderou o Centro Social Frederico Osanan, que chegou ao atendimento de 5 mil crianças, assim como a sociedade e atividades políticas. Ao se despedir de Porto Alegre, usou uma das expressões do escritor Guimarães Rosa no discurso de sua posse na Academia Brasileira de Letras. Ele comentou que as pessoas não partiam e, sim, ficavam encantadas. Maria Célia disse às amigas e colaboradoras, durante o prestigiado almoço de despedida no Plaza São Rafael, que não deixava os pampas, mas que estaria encantada. Continuaria na lembrança de todos, levando junto as emoções das vivências aqui.
Maria Célia Magalhães Issler e o marido, o deputado federal Victor Loureiro Issler (Foto: Arquivo Pessoal/Divulgação)
Maria Célia Magalhães Issler: bom gosto e elegância nas escolhas de sua trajetória (Foto: Arquivo Pessoal/Divulgação)
Maria Célia Magalhães Issler, num dos momentos de sua intensa vida social (Foto: Arquivo Pessoal/Divulgação)
A residência dos Issler, cujo projeto foi criado de acordo com as preferências do casal, refletia o requinte francês em seus mínimos detalhes. Cercada de jardins, foi o cenário perfeito para muitas festas que comento a seguir. Maria Célia teve sua trajetória assinalada pelo charme, otimismo e grande boa vontade com todos. Qualidades acrescidas de permanente bom humor.
O príncipe consorte Bernardo de Lipa-Biesterfeld, da Holanda, teve a companhia de Neusa Goulart Brizola, esposa do governador Leonel Brizola, e Maria Célia Magalhães Issler numa ocasião memorável (Foto: Arquivo Pessoal/Divulgação)
A ambientação da morada foi com mobiliário ao estilo antigo completado por obras de Frans Krajcberg e telas de Iberê Camargo, refletindo a sensibilidade artística de Maria Célia (Foto: Arquivo Pessoal/Divulgação)
# A visita do príncipe consorte Bernardo de Lipa-Biesterfeld, da Holanda, a Porto Alegre, proporcionou um dos jantares categorizados em que o casal Issler recebeu. O príncipe chegou a 21 de outubro de 1959 em visita oficial, hospedando-se na morada do Morro Ricaldone. Os anfitriões receberam a então primeira dama Neusa Goulart Brizola e o governador Leonel Brizola, além de outras autoridades. Um agradecimento especial, através de uma simpática carta, evidenciou o quanto o nobre hóspede distinguiu a acolhida.
Álbum de família: Dulce e Genuíno Ferreira, Eleonora e Oddone José Marsiaj, Maria de Lourdes Campos da Silva e Leônidas Magalhães Issler, Solange e Marco Aurélio Magalhães Issler e Maria Célia Magalhães Issler e o deputado Victor Loureiro Issler (Foto: Arquivo Pessoal/Divulgação)
# Os casamentos das filhas Dulce e Eleonora, com Genuíno Ferreira e Oddone José Marsiaj, respectivamente, foram assinalados por bonitas celebrações. Da mesma forma, o centenário do produtor rural e exportador Júlio César Machado Magalhães, pai de Maria Célia, foi comemorado com cerimônia conduzida pelo Cônego Emilio, da Paróquia São Pedro.
# Ana Carolina Issler Ferreira, sra. José Luiz Martins Costa Kessler, primeira neta de Maria Célia e Victor, teve uma bela festa de 15 anos nos salões da residência que acolhia toda a jovem sociedade. São algumas das lembranças da casa que refletia o estilo de vida dos anfitriões.