Tema nobre: livros
Mário Quintana: amor aos livros (Foto: Reprodução)
Entre os bons momentos que relembro da passagem pela redação do jornal Correio do Povo, destaco a conversa com o poeta Mário Quintana para saber o que levaria junto numa ameaça de apocalipse. A pauta foi do jornalista Armando Burd, editor da minha coluna dominical no Correio do Povo, onde eu queria destacar o querido poeta, amigo de boemia do velho Eugênio Gasparotto, meu pai.
Mário respondeu bem humorado a pergunta (Foto: Arquivo pessoal)
Mário prontamente escreveu como vocês podem conferir na lauda do jornal, que faz parte dos meus guardados das mais de cinco décadas de atividades. Levaria as obras completas de Shakespeare e de Dostoiévski e mais um caderno em branco, onde poderia escrever.
Mário Quintana boas dicas (Foto: Reprodução)
Mário Quintana (Foto: Reprodução)
Como não poderia deixar de ser, Mário destacou a importância dos livros. Em temporada de quarentena, fiz a pergunta: quais os livros que levaria para uma ilha? E vocês podem conferir as respostas.
A escritora Lya Luft recorda leituras da juventude (Foto: Pedro Antônio Heinrich/Banco de imagens)
A escritora Lya Luft, instalada em sua morada na Serra Gaúcha, iniciou sua relação com o livro de poemas de Rainer Maria Rilke, presente do pai, o advogado Arthur Germano Fett, quando era adolescente. Destaca que até hoje encontra na leitura de Rylke a busca da beleza, do que não prescinde ao escrever. Continuou com “Grande sertão: veredas”, de João Guimarães Rosa, e “Memórias de Adriano”, de Marguerite Yurcenar. Não deixaria de levar um dos dois livros: “Além do princípio de prazer” ou “A Interpretação dos Sonhos”, de Sigmund Freud. Acrescentou a biografia de Virginia Woolf escrita pelo sobrinho da escritora inglesa, Quentin Bell.
Fernando Baril gosta da poesia de Fernando Pesssoa (Foto: Pedro Antônio Heinrich/Banco de imagens)
O arquiteto e pintor Fernando Baril ocupa seu tempo de clausura, pintando incansavelmente e cozinhado especialidades para enviar aos amigos. Iniciou sua relação com o “Diário de Anne Frank”, continuando com “Os Miseráveis”, de Victor Hugo; ”Os Sertões”, de Euclides da Cunha; as obras completas de Fernando Pessoa e “Macunaíma”, de Mário de Andrade. Acrescentou, relembrando sua dedicação à culinária: “No bolso levaria um pocket book de receitas francesas...”.
Waleska Santos tem cuidado do jardim, junto com a leitura em seu apartamento no Morro de Santa Teresa (Foto: Arquivo pessoal)
A médica e empresária Waleska Santos está instalada em seu apartamento do Morro Santa Teresa. Entre as ocupações estão a leitura e o cuidado com o jardim, além do home office com os seus colaboradores em São Paulo. Escolheu seis livros, entre aqueles cuja leitura lhe entusiasma. São “Memórias de Adriano”, de Marguerite Yurcenar; “Médico de Homens e de Almas”, de James Caldwell; “A indelével Leveza do Ser”, de Milan Kundera; “A Escolha de Sofia”, de William Styron; “A Elegância do Ouriço”, de Muriel Barbery e “Mauá, Empresário do Império”, de Jorge Caldeira, inspirado no personagem que foi um dos grandes nomes da economia no Brasil imperial, e tem sua admiração.
O deputado Frederico Antunes (Foto: Pedro Antônio Heinrich/Banco de imagens)
O atuante deputado estadual e líder do governo, Frederico Antunes, cuja formação é de engenheiro agrônomo, indicou algumas das leituras que considera imprescindíveis como “Viver em Paz para morrer em Paz”, de Mário Cortella; “Bíblia Sagrada”; “O Idiota”, de Fiódor Dostoiévski, e “O Amor é para os Fortes”, de Marcelo Cezar.Jennie Tabak, nasceu em Israel e é doutora em Literatura Inglesa pela Universidade de Londres. Leciona no Gordon College, de Haifa, em Israel. Citou obras que estimulam a leitura. São elas: “Be My Knife”, de David Grossman; “A Streetcar Named Desire”, de Tennesse Williams; “O Retrato de Dorian Gray”, de Oscar Wilde; Um Teto Todo Seu”, de Virginia Wolff e a “ A Tempestade”, de William Shakespeare.
Walter Winge admira o talento político de Winston Churchill (Foto: Pedro Antônio Heinrich/Banco de imagens)
Walter Winge, responsável pela Floricultura Winge, iniciou a relação com dois de seus livros preferidos de Erico Verissimo. São eles “O Tempo e o Vento” e “Incidente em Antares”. Continuou com “Hawaii”, de James Michener; “The Godfather”, de Mario Puzo; “Pássaros Feridos”, de Colleen Mccullough, e uma das biografias de Winston Churchill, personagem que considera das mais importantes do século 20.
Fernanda Martins Costa Lanes gosta de conhecer a obra de Leonardo da Vinci (Foto: Pedro Antônio Heinrich/Banco de imagens)
A artista plástica Fernanda Martins Costa Lanes colocou como primeira opção de leitura “A origem das espécies”, de Charles Darwin, seguindo com “O livro vermelho”, de C.G. Jung, “Os Cadernos Anatômicos de Leonardo da Vinci”; “A invenção da Natureza”, de Andrea Wulf e “Sapiens” de Yuval Noah Harari. Acrescentou que gostaria da sugestão de “um romance arrebatador...”.
O médico Fernando Lucchese (Foto: Pedro Antônio Heinrich/Banco de imagens)
O médico Fernando Lucchese, de redobrada atividade nos dias atuais, não abre mão da leitura. Comenta: “Terminei há pouco “Uma mulher vestida de silêncio”, biografia de Maria Tereza Goulart, de Wagner William”. Sua leitura atual é “O Inferno dos Outros”, de David Grossman, e recomenda enfaticamente “O Pecado do Porto Negro” de Norberto Moraes e “O homem que amava os cachorros”, de Leonardo Padura.
O desembargador Luís Alberto d'Azevedo Aurvalle (Foto: Dani Barcellos/Banco de imagens)
O desembargador Luís Alberto Aurvalle dedica grande parte de seu tempo à leitura e indicou alguns que proporcionaram bons momentos como “Os Miseráveis”, de Victor Hugo; “Guerra e Paz”, Leon Tolstoi; “A Montanha Mágica”, de Thomas Mann; “O Tempo e o Vento”, de Erico Verissimo; “História da Literatura Ocidental” de Otto Maria Carpeaux e “Paideia” Werner.
Estou compartilhando minhas escolhas (Foto: Pedro Antônio Heinrich /Banco de imagens)
Costumo afirmar que um dos maiores prazeres, e aquele que pode ser cultivado até o final da vida, é a leitura. Entre minhas leituras inesquecíveis, e que gostaria de reler: “Os Thibault”, de Roger Martin du Gard; “Em Busca do Tempo Perdido”, textos de Marcel Proust; “O baile do Conde de Orgel”, de Raymond Radigue; “O Homem A Cavalo”, de Drieu La Rochelle, traduzido com talento por Paulo Hecker Filho; contos de Machado de Assis. E como admirador de Veneza, o texto de Paul Morand, “Venizes”, com relatos magníficos sobre a cidade que muitos consideram ímpar no mundo.