Visual impactante
A magnífica vista que engloba a roda gigante e a beira-mar (Foto: Reprodução)
# Uma das boas surpresas do ano foi rever o Balneário Camboriú, em Santa Catarina, numa rápida circulada durante o último final de semana. Os comentários elogiosos a respeito das mega construções e a ênfase em descrever o luxo ultra contemporâneo das mesmas não me estimulavam.
# Logo na primeira caminhada pela praia, comecei a vibrar com a limpeza e o trabalho contínuo dos funcionários da prefeitura, tanto na manutenção das calçadas sem lixo, como das equipes de fiscalização, compostas por dois ou mais participantes. Conversei para saber a exata função deles. Já tinha notado a ausência de moradores de rua – o que me deixou de sobreaviso, imaginando quais seriam os métodos usados para evitar o doloroso drama que aumenta em todas as cidades brasileiras. Segundo uma educada funcionária de fiscalização, eles conversam com os moradores de rua que são encaminhados para casas de passagem. Ali, são ouvidos, depois de terem recebido alimentação e cuidados, para identificar os problemas que os levaram para viver na rua. Depois, são encaminhados para hospitais de desintoxicação, no caso de drogas, e outras instituições destinadas a proporcionar a reintegração.
Dream beach: Balneário Camboriú (Foto: Reprodução)
# As amendoeiras ao longo de toda a extensão da Avenida Atlântida, com um belo visual do mar, é outro prazer proporcionado. A faixa de areia, ampliada recentemente, recebe sol por algum tempo em toda a beira-mar. Ao correr do dia ficam faixas liberadas das sombras dos colossais prédios... Preço do mega progresso da atualidade. Num dos extremos da praia, a roda gigante surge em meio à vegetação da encosta de um dos morros.
# Faltam pássaros nos diversos recantos da cidade, o que me deixou com vontade de ouvir um especialista em aves.
# Vale relembrar que o Balneário Camboriú tem, desde meados da década de 1980, tratamento de esgoto, graças ao então governador Esperidião Amin, o que garante a limpeza do mar, o que não ocorre na maioria absoluta do litoral brasileiro. Aliás, na internacional Punta del Este ainda não foi resolvido o problema.
# Originalidade: o melhor serviço de atendimento no comércio, nos mais diversos estabelecimentos e restaurantes é feito por pessoas das mais variadas cidades. Um dos vendedores dos quiosques da Avenida Atlântida, especializado em servir água de coco, veio de Pernambuco. O vendedor dos chapéus de palha mais descolados da orla deixou sua Feira de Santana, Bahia. Inquiridos por que haviam trocado suas cidades por Camboriú, foram diretos: queriam ganhar mais.
# As lojas de rua, assim como os shoppings, encantam pela qualidade e diversidade. Um dos antiquários, com ampla seleção de peças e curiosidades colecionáveis, é dirigido por um gaúcho de Novo Hamburgo.
# Escolhi me hospedar numa pequena pousada no meio das árvores que cercam a cidade. Meu quarto na pousada Morada da Praia, Praia do Estaleirinho, contava com uma varanda de onde avistava o mar. Foi dos melhores prazeres.
Junto com Vani Wodtke Tedesco durante o jantar que iniciou as atividades do Restaurante Empório Marinho (Foto: Divulgação)
# Participei do jantar de inauguração do restaurante Empório Marinho, instalado por Daniel Furtado, num dos recantos da Marinha Tedesco. Reencontrei Vani Wodtke Tedesco, atualmente à frente das empresas da família – de que faz parte a Marinha Tedesco, que jantava com os familiares. Vani, de muitos amigos gaúchos, comentou os projetos para Camboriú, que está recebendo inúmeros navios de cruzeiro, entre outros sinais de progresso em alta. O jovem chef Gustavo Rodenheber proporcionou um delicioso cardápio à base de frutos do mar.
O chef Gustavo Rodenheber e Daniel Furtado, comando do Empório Marinho, na noite de inauguração das instalações na Marinha Tedesco (Foto: Divulgação)
O clima ameno permitiu um final de semana aprazível (Foto: Divulgação)
Belo visual do Império
São Francisco do Sul: cenário antigo junto ao mar e ao Rio São Francisco (Foto: Divulgação)
# Uma visita em busca do encanto centenário do litoral catarinense me levou a São Francisco do Sul. O casario com cuidado e manutenção é uma das atrações da cidade que fica entre o Oceano Atlântico e o Rio São Francisco. A cidade conta com um museu de arte sacra e um outro marítimo.
Moradias centenárias, em sua maioria patrimônios tombados, depois de restauradas são mantidas com cuidado (Foto: Divulgação)
# O único problema é circular nas estradas catarinenses. De boa qualidade e com infinito número de pedágios, é incontável o número de caminhões e carros, obrigando perder infindáveis horas com o tráfego.
Um conjunto de antigas construções foi adaptado para hotel (Foto: Divulgação)
# Minha despedida foi com uma visita ao Ribeirão da Ilha, Florianópolis, e um almoço no Ostradamus, que já tem história. Bruno Mallmann, o gerente, proporcionou-me o atendimento irretocável com sua equipe, de que faz parte o garçom Yuri. Saboreei seus pratos exclusivos, iniciando com as ostras. É igualmente de qualidade a adega do Ostradamus.
Tradição da culinária de Florianópolis: cardápio do Ostradamus (Foto: Divulgação)